Em 14 de setembro de 1979, há 42 anos, Rio Bananal se emancipava oficialmente de Linhares e iniciava a trajetória de um dos mais prósperos municípios do Espírito Santo. Mas a história ribanense é bem mais rica, extensa e remota há quase 100 anos atrás, quando começaram a chegar os primeiros colonizadores às margens do rio que deu nome à cidade.
A saga de lutas, superação e conquistas de um povo empreendedor por natureza teve início no ano de 1929. Os primeiros desbravadores vieram da região de Marilândia e se instalaram, inicialmente, na confluência dos rios Bananal e Iriritimirim, local que recebeu o nome de Santo Antônio do Bananal. Foram eles: Pedro Ceolin, Ábramo Caliman, Pedro Rizzo e Alcides Siqueira Campos, que, no ano seguinte (1930), trouxeram suas famílias.
O local era uma densa floresta e possuía algumas bananeiras, o que originou o nome do município. Em 1937, um outro grupo, formado por Egídio Venturim, Luiz Endringer e João Casagrande, chegou de Castelo, no Sul do Estado, e se fixou onde hoje é São Sebastião do Bananal. Uma picada no meio da mata ligou os dois núcleos, que se consolidaram.
A partir daí foram chegando mais famílias. Os colonizadores enfrentaram muitas dificuldades. Na época, tinham que se deslocar até Colatina para adquirir mantimentos. As doenças, aos poucos, começaram a surgir. A mais comum era a malária. As pessoas que contraiam a doença eram levadas nas costas ou em varões com redes improvisadas em busca de atendimento médico em Linhares ou Colatina.
O pequeno povoado começou a ter vida comercial própria com a instalação do primeiro estabelecimento de secos e molhados, de propriedade de Pedro Ceolin, Em seguida, foi instalada a primeira farmácia, de Antônio Soares. Em 1950, o povoado foi elevado à categoria de distrito de Linhares, município do qual se emancipou, após plebiscito popular, em 14 de setembro de 1979, através da Lei Estadual número 3.293/79, assinada pelo então governador Eurico Rezende, em ato público no pátio do Seminário de Rio Bananal.
VISTOS DO ALTO, os núcleos de Santo Antônio (acima) e São Sebastião (abaixo) formam a sede de Rio Bananal
Além das pioneiras, várias outras famílias tradicionais, a maioria de origem italiana, contribuíram para o desenvolvimento do município ao longo de sua história, como as famílias Giuriato, Sant’Ana, Matedi, Pola, Gaburro, Grassi, Gava, Bertoldi, Scarton, Vaneli, Giuberti, Zanon, Carminatti, Capelini e Cipriano, para citar somente algumas.
Rio Bananal possui 445 quilômetros quadrados de extensão territorial e faz divisa com Linhares, Sooretama, Colatina, Vila Valério de Governador Lindenberg. A população do município é estimada atualmente em 20 mil habitantes, de acordo com o IBGE.
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