Potência agrícola e econômica do Espírito Santo, com destaque para as expressivas produções de café conilon e pimenta do reino, o município de Jaguaré completa 40 anos de emancipação política e administrativa nesta segunda-feira, dia 13 de dezembro.
Apesar da data ser emblemática, não haverá eventos comemorativos com a presença de público. Por precaução, a Prefeitura Municipal decidiu cancelar a programação presencial que aconteceria durante o final de semana, se mantendo em alerta diante do risco eminente com a chegada de uma nova variante do coronavírus ao Estado.
O município completa quatro décadas de existência, mas a história do surgimento do povoado que deu origem a Jaguaré é bem mais ampla. À procura de terras férteis e devolutas, em junho de 1946 chegava à região que hoje compreende o município de Jaguaré, procedente de Jaciguá, localidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, uma caravana composta de 14 agricultores e um representante do Governo Estadual, Bértolo Malacarne, que vinha com a responsabilidade de organizar e coordenar a colonização área então pertencente ao município de São Mateus.
Inicialmente, esses agricultores se fixaram no local chamado Ponte do Rio Barra Seca. Dali, partiam para desbravar a região, ainda coberta por mata densa. A exploração agrícola e a extração da madeira fomentaram o desenvolvimento da região.
O povoado fundado pelos primeiros colonos recebeu o nome de Lagoa de Jaguaré, nome de um capim que existia em abundância na época. Com o tempo, a lagoa foi desaparecendo, e a localidade passou a se chamar somente Jaguaré.
Jaguaré foi elevado à categoria de distrito de São Mateus em 13 de janeiro de 1964. A Lei Estadual nº 3445 criou oficialmente o município de Jaguaré em 13 de dezembro de 1981. A instalação ocorreu em 31 de janeiro de 1983, com a posse do primeiro prefeito, Domingos Sávio Pinto Martins.
O atual prefeito Marcos Guerra Wandermurem é apenas o sexto nome a comandar Jaguaré em 40 anos de uma história política um tanto quanto conturbada. Além dele e Sávio Martins, outros quatro políticos governaram o município: Tulio Pariz, Alaídes Mariani, Evilázio Altoé e Rogério Feitani. Há, ainda, alguns interinos que assumiram o cargo por pouco tempo e o registro curioso de um prefeito eleito, mas que não chegou a tomar posse: Florisvaldo Klippel.
O município possui uma área territorial de 656,4 quilômetros quadrados e é formado por três distritos: sede, Barra Seca e Fátima. A população, estimada em cerca de 30 mil habitantes, preserva fortes traços da colonização italiana.
Economia
A cafeicultura é a principal atividade econômica de Jaguaré. Nos últimos quatro anos, o município produziu próximo de 600 mil sacas de café conilon, em uma área cultivada superior a 21 mil hectares.
Além do café, Jaguaré tem, desde 2001, outra grande fonte de recursos. Naquele ano, passou a entrar em operação a extração de óleo no campo de petróleo descoberto na Fazenda Alegre, denominado pela Petrobrás como FAL-40H. É o maior campo de óleo do Espírito Santo, sendo responsável por mais de 50% de toda a produção ativa do norte capixaba.
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