Empreendedores da cadeia de turismo na bacia do rio Doce se organizaram em Arranjos Produtivos Locais (APLs) para impulsionar a atividade, potencializando a vocação de cada região. Participam da iniciativa representantes que atuam no turismo cultural, de aventura, rural e ecoturismo.
A atuação se concentra em três polos: o de Mariana, o do Médio Rio Doce (que abrange os municípios de Marliéria e Governador Valadares) e o da Foz, formado pelas comunidades de Regência, Povoação, Entre Rios, Areal, Comboios e Degredo, em Linhares.
Com o apoio da Fundação Renova e da consultoria Moore, esses APLs estão fazendo um diagnóstico do potencial turístico de cada polo e elaborando planos para desenvolvimento do setor na região. O formato reúne os principais empreendedores e lideranças da cadeia do turismo de cada polo, em busca do desenvolvimento do setor, com suas características e estruturas.
A partir do trabalho de consultoria e capacitação, os grupos se fortalecem e se estruturam em torno de seu potencial. A iniciativa propicia aos integrantes dos grupos a participação em eventos importantes do setor, como a Semana do Turismo, o Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura e a visita a um arranjo produtivo de turismo em Recife (PE).
O projeto é conduzido pelo programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, que em 2020 fez um levantamento das regiões onde a atividade turística havia sido mais impactada pelo rompimento da barragem e que possuíam maior potencial de desenvolvimento do turismo. Foram definidas três regiões, que se tornaram os principais polos do projeto.
Cada polo se destaca em diferentes modalidades turísticas. Mariana conta com o turismo cultural e de aventura. No Médio Rio Doce, em Marliéria, tem o ecoturismo no Parque Estadual do Rio Doce (PERD) e o turismo rural (cavalgadas), e em Governador Valadares, o turismo de aventura na prática do voo livre. Na Foz do rio Doce, em Linhares, o ecoturismo e o turismo de aventura são os destaques.
A mobilização com os empreendedores começou no ano passado. “Iniciamos as reuniões com os representantes de cada município, com o objetivo de elaborar um planejamento estratégico para o desenvolvimento turístico dos municípios”, explica Regiane Assis, analista do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova.
Nessas reuniões, empreendedores, prefeituras e agentes capacitadores foram convidados a formarem os grupos. Um dos objetivos desse trabalho é a consolidação dos APLs e de sua governança, preparando o território e seus atores para a promoção e atração de visitantes, consolidando esses polos como destinos turísticos relevantes.
Para este ano foram disponibilizados aos integrantes dos APLs cinco eventos de capacitação para a cadeia do turismo. De acordo com a coordenadora do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, Maria Cristina Aires, a proposta é estruturar uma cadeia produtiva local e capacitar os empreendedores e a gestão pública.
“O objetivo dessa metodologia é fazer com que os projetos da Fundação Renova no turismo local sejam sustentáveis”, finaliza Maria Cristina.

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