Exatos oito anos após o crime, completados na última quinta-feira (30), o assassinato do ex-assessor da Prefeitura de Sooretama, Romeu Gomes Vieira, aos 33 anos, entrou para o hall dos insolúveis e continua sem respostas quanto à motivação, os autores e o(s) mandante(s). Ele completaria 41 anos de idade no próximo dia 10 de outubro.
Romeu foi executado com cerca de 14 tiros de pistola, segundo a perícia, quando chegava à casa onde morava, no centro de Sooretama, no início da noite de 30 de setembro de 2013. Apesar de câmeras de videomonitoramento terem flagrado o assassinato por, pelo menos, dois ângulos diferentes, a polícia não conseguiu identificar e prender os criminosos. As imagens mostram um veículo preto, modelo Nissan Versa, passando pelo assessor na rua e parando em seguida. Um atirador desce do carona com duas pistolas em punho e efetua vários disparos à queima roupa contra Romeu, que morre na hora.
De família humilde, de uma pequena cidade do Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas Gerais, Romeu Gomes Vieira não tinha familiares em Sooretama, mas se tornou muito conhecido e querido na cidade, além de bem relacionado entre políticos da região. Apesar do perfil um tanto polêmico, aparentemente, ele não tinha inimigos ou desavenças. Amigos e pessoas próximas relembram apenas do “jeitão dócil, generoso e brincalhão” do ex-assessor.
No terceiro aniversário do assassinato, em outubro de 2016, a irmã de Romeu, Rosalene Gomes Vieira, expressou, através de uma rede social, o clamor da família por justiça. “Este era Romeu Gomes Vieira, uma pessoa alegre, sorridente, brincalhão e amigo dos amigos. Calaram a sua voz, mas o nosso desejo de justiça continua ardente. Nossa oração vai romper o coração de Deus e, antes que tarda, a justiça divina virá a nosso favor”, escreveu ela junto à imagem de uma homenagem ao irmão.
Em outro post, Rosalene faz um desabafo: “Então foi assim, de uma forma brutal que, há três anos, levaram nosso querido e amado Romeu Gomes Vieira. Já se passaram três anos que clamamos por uma justiça que ainda não chegou. Só nos restou a saudade. Aliás, ficaram também muitas perguntas sem respostas: quem matou Romeu? Porque mataram Romeu? Será que foi a dita política? Romeu foi realmente lembrado por aqueles a quem nunca abandonou? Onde estão os fiéis amigos de Romeu? Quantos ligaram para sua mãezinha?”, encerrou.
Essa foi a última manifestação pública da família sobre o caso. Em maio do ano passado, a mãe de Romeu, Dona Geni Gomes Vieira, faleceu sem saber quem e por que mataram seu filho.

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