Derrotado nas urnas ao tentar a reeleição no município, o ex-prefeito de Vila Valério, Robinho Parteli (Cidadania), usou os últimos dias à frente do cargo para prorrogar por mais um ano contratos da prefeitura com algumas empresas prestadoras de serviços, mesmo sabendo que não seria o gestor do município pelos próximos quatro anos.
A manobra foi feita literalmente no apagar das luzes do mandato e causa estranheza. Os atos de prorrogação, a maioria por mais 12 meses, foram publicados no Diário Oficial do Estado em 28 e 29 de dezembro, últimos dias úteis de 2020. São contratos firmados com a administração direta e outros por meio dos Fundos Municipais de Saúde, de Assistência Social e de Educação. A reportagem ainda não teve acesso aos valores envolvidos.
Foram prorrogados contratos com empresas para prestação de serviços de locação de impressoras, locação de veículos e fornecimento de horas-máquinas, além de três contratos com uma empresa de fora do município para publicações em jornal impresso, sendo dois com a administração direta e um com o Fundo Municipal de Saúde (FMS).
No caso das publicações, os processos de contratação original, por meio da realização de pregão presencial, são oriundos de 2016, primeiro ano da gestão Robinho Parteli. Desde então, esses contratos vêm sendo sucessivamente prorrogados, indicando restrição à concorrência e favorecimento à empresa já contratada.
Além dos três prorrogados, Robinho ainda celebrou, no final do ano, um novo contrato com a mesma editora, por meio do Fundo Municipal de Saúde, no valor de mais de R$ 30 mil, também para publicações em jornal impresso, por um período de 90 dias.
Robinho Parteli também prorrogou até 31 de dezembro de 2021, através do Fundo Municipal de Educação, o contrato com uma empresa para a prestação de serviços de transporte escolar de alunos das redes municipal e estadual de ensino e aplicou um reajuste de 13% nos valores originalmente contratados.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura Municipal e o novo prefeito de Vila Valério, David Mozdzen Pires Ramos (PP), para se manifestar sobre o caso, mas até o momento não obtivemos resposta.
Comente este post