Nove anos após assinar o contrato de duplicação da BR 101 no Espírito Santo, a Eco101 comunicou nesta sexta-feira (15) que vai devolver a concessão. O pedido de devolução amigável já foi protocolado junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A notícia causa surpresa e revolta entre os usuários.
O contrato original de concessão previa a duplicação de todo o trecho da rodovia no Estado em até 10 anos, ou seja, até 2023. Ao assinar o contrato, em 2013, a Eco101 anunciou que 50% da BR 101 estaria duplicada em seis anos, conforme amplamente noticiado pela imprensa na época. A cobrança do pedágio começou no ano seguinte, em 2014, em sete praças localizadas de Norte a Sul do Espírito Santo.
A desistência ocorre às vésperas de vencer o prazo estipulado para a duplicação, sem que a empresa tenha duplicado sequer 10% dos 457 quilômetros de rodovia no Estado.
Em nota, a Eco101 informou os motivos que levaram à desistência da concessão. “A complexidade do contrato, marcado por fatores como dificuldades para obtenção do licenciamento ambiental e financiamentos; demora nos processos de desapropriações e desocupações; decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de alterar o contrato de concessão; não pedagiamento da BR 116; não conclusão do Contorno do Mestre Álvaro e o agravamento do cenário econômico, tornaram a continuidade inviável”, pontuou.
Diz ainda que “todos os serviços continuarão a ser prestados normalmente, de forma a preservar o interesse e a segurança dos usuários da rodovia”, até que uma nova concessionária assuma a gestão da rodovia.
O governador Renato Casagrande (PSB), em nota, disse que foi informado nesta sexta-feira (15) pelo diretor-presidente da Eco101, Alberto Lodi, da desistência da concessão da rodovia BR 101 no Espírito Santo e está em contato com o Ministério da Infraestrutura, a ANTT e a bancada federal capixaba para buscar caminhos que amenizem o impacto para os capixabas.
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