O delegado Fabrício Lucindo Lima participou de reunião na Câmara de Vereadores de Rio Bananal, na terça-feira (18), onde orientou e esclareceu sobre procedimentos de segurança que devem ser adotados principalmente em relação à contratação de trabalhadores de fora do município para a colheita do café. Lucindo chefia a 16ª Delegacia Regional da Polícia Civil em Linhares, com jurisdição também em Rio Bananal e Sooretama. A reunião foi dirigida pelo presidente do Legislativo, Judaci Bolsoni, e contou com as presenças dos demais vereadores.
“Nos últimos anos, convivemos com o aumento da criminalidade. Em Rio Bananal, fizemos uma pesquisa para identificar a origem desses crimes e concluímos que quase a totalidade deles não tem envolvimento de ribanenses natos. São praticados por pessoas que vêm de fora do município, principalmente para trabalhar na colheita do café ou em outras atividades sazonais”, revelou o delegado.
“O município necessita muito desses trabalhadores, pois sem eles não é possível realizar a colheita do produto que é a principal fonte de receita do município. Porém, observamos que o recrutamento para a vinda desses trabalhadores é feita pelos produtores sem os cuidados e procedimentos necessários de segurança. Isso tem trazido a Rio Bananal pessoas com histórico criminoso, muitas vezes com mandado de prisão em aberto pela prática de crimes e outras localidades. São elementos com diversas passagens pela polícia que chegam infiltrados entre os trabalhadores”, alertou Fabrício Lucindo.
Ele lembrou o exemplo de um produtor que durante a investigação de um caso de homicídio cometido em sua propriedade não sabia sequer o nome completo do suspeito de cometer o crime: conhecia apenas como ‘Baiano’.
O delegado também lembrou vários casos de estupro de vulneráveis, principalmente vitimando crianças, cometidos na região nos últimos meses, a maioria por pessoas que vieram de fora e se instalaram em Rio Bananal.
Fabrício Lucindo disponibilizou aos produtores rurais ribanenses os serviços de consulta da Polícia Civil para que possam identificar a origem e os antecedentes dos trabalhadores a serem contratados, evitando que levem criminosos para praticamente morarem em suas propriedades durante a colheita.
“O policial civil Renato Ozório, que é morador de Rio Bananal, estará à disposição dos produtores para consultar cada uma dessas pessoas que estão chegando ao município para sabermos de onde vêm e se possuem antecedentes criminais ou mandado de prisão em aberto”, explicou.
“Rio Bananal é privilegiado nesse aspecto por não ser margeado pela BR 101, a exemplo de Linhares e Sooretama, mas, mesmo assim, temos um grande número de pessoas ruins chegando para a colheita, oriundas de outros estados, como Minas Gerais e Bahia. Por isso, precisamos de um mínimo de controle para impedir que marginais se infiltrem entre trabalhadores de bem. Não queremos que Rio Bananal se transforme em covil de criminosos”, concluiu o delegado.
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