O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa da entrega de 434 casas populares em São Mateus, nesta sexta-feira (11), em sua primeira agenda oficial no Espírito Santo à frente da presidência da República. Na mesma ocasião, ele ouvirá pedidos para destravar outros conjuntos habitacionais populares do Programa Minha Casa, Minha Vida que estão paralisados há anos no Estado, entre eles, o Residencial Rio Doce, com 917 moradias em Linhares, e o Residencial Alegre, com 431 casas em Sooretama.
No trajeto de helicóptero entre Vitória e São Mateus, na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro deve sobrevoar os dois conjuntos habitacionais, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O esforço em prol da conclusão dos empreendimentos mobiliza pelo menos três influentes integrantes da bancada federal capixaba em Brasília: o vice-líder do Governo na Câmara, deputado Evair de Melo (PP), e o coordenador da bancada, deputado Josias da Vitória (Cidadania), além da deputada Soraya Manato (PSL).
O prefeito de Sooretama, Alessandro Broedel (Republicanos), disse que solicitou ao deputado Evair de Melo para que este interceda junto ao presidente pela conclusão e entrega das 431 casas do Residencial Alegre, cujas obras se arrastam há pelo menos seis anos no município, sem que as famílias já selecionadas recebam as moradias.
Nesta quarta-feira (9), o deputado Da Vitória e a deputada Soraya Manato reiteraram o pedido ao ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho. Da Vitória explicou que o conjunto habitacional de Sooretama, assim como os de Linhares, Aracruz e Cariacica, depende de aportes no Orçamento do Governo Federal para que possa ser concluído pela Caixa Econômica.
O prefeito Alessandro Broedel garante que a parte que cabia ao município no projeto de implantação do Residencial Alegre já está concluída. “Com o apoio do Governo Estadual, realizamos as chamadas ‘obras não incidentes’, que incluem o serviço de coleta e tratamento de esgoto, a rede de abastecimento de água e a pavimentação das ruas. Todos esses serviços já estão prontos, assim como também as ligações elétricas, já liberadas pela concessionária EDP. A entrega das casas às famílias só depende agora da Caixa Econômica Federal”, explicou Alessandro.
Em resposta à reportagem do NC Online, em novembro do ano passado, a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal no Espírito Santo informou que a AB Construtora, empresa originalmente contratada para a construção das casas do Residencial Alegre, mesmo após diversas tratativas sem sucesso, não concluiu o empreendimento. À época, a Superintendência explicou que a Caixa estava atuando na substituição da empresa e estimou um prazo de seis meses para a retomada das obras.
A informação de momento é de que, no final de maio, a Caixa recebeu as propostas de novas empresas que manifestaram interesse em concluir os conjuntos habitacionais paralisados no Estado. A contratação das empresas selecionadas para cada empreendimento ainda deve demorar entre 60 e 90 dias, após o Governo Federal realizar a suplementação orçamentária necessária.
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