Audiência de processo contra ex-prefeito deve movimentar o Fórum de Jaguaré nesta quarta-feira (15)

O processo é um dos decorrentes da Operação ‘Arremate’, que em 2017 afastou do cargo o ex-prefeito Rogerinho.

A audiência do processo nº 5000066-55.20248.08.0065, oriundo de Carta Precatória Criminal do Ministério Público Federal, marcada para acontecer a partir das 13 horas desta quarta-feira, dia 15 de maio, deve movimentar o Fórum Desembargador Rômulo Finamore, no município de Jaguaré, no Norte do Estado.

O processo é um dos muitos decorrentes da operação “Arremate”, que em abril de 2017 afastou do cargo o então prefeito Rogerio Feitani, o Rogerinho (Republicanos) por quase um ano. À época, o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a operação para apurar indícios de diversos crimes, entre os quais fraudes em licitações e na realização de processo seletivo para a contratação de servidores.

Além de Rogerinho, ex-servidores e empresários também são réus no processo. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, por se tratar de uma ação que tramita na Justiça Federal, em caráter sigiloso, acredita-se que esteja relacionada ao suposto conluio de empresas para fraudar licitações relacionadas ao transporte escolar.

Na audiência desta quarta-feira estão previstos depoimentos de testemunhas e acusados. As oitivas devem ser individuais e feitas por videoconferência.

Como é réu, o ex-prefeito Rogério Feitani deve ser o último a ser ouvido na audiência desta quarta-feira (15)

Relembre o caso

Em abril de 2017, logo após a sua reeleição para o segundo mandato consecutivo à frente do município, então prefeito de Jaguaré, Rogério Feitani, foi afastado do cargo em desdobramento da Operação Arremate, deflagrada pelo Ministério Público, suspeito de integrar organização criminosa que atuava na fraude de licitações e na realização de processo seletivo para contratação de servidores para a Prefeitura. O afastamento durou quase um ano, período que o município ficou à deriva administrativamente, em meio a confrontos políticos. Os fatos tiveram ampla repercussão na imprensa estadual.

Na ocasião, Rogerinho chegou a ser conduzido coercitivamente à delegacia para prestar esclarecimentos, assim como cinco ex-servidores, também afastados de seus respectivos cargos: Rivelino Feitani, secretário Municipal de Transportes e irmão do prefeito; Sérgio Pinto Corrêa, diretor do SAAE; Pedro Jadir Bonna, pregoeiro oficial; e Jefson Taylor, presidente da Comissão Permanente de Licitações (CPL), além da servidora Simone Monteiro Quiuqui.