Após muito sofrimento e reclamações dos moradores, o abastecimento de água foi finalmente reestabelecido em Sooretama, neste domingo (05), após mais de três dias sem água nas torneiras das residências da cidade.
A Prefeitura Municipal anunciou para a última quinta-feira (2) uma interrupção de 24 horas no fornecimento para a realização de manutenção programada no sistema de abastecimento de água. Contudo, o serviço demorou bem mais que o previsto, causando mais uma vez aos moradores o sofrimento de ter que sair em busca de água com baldes e bujões improvisados. Os mais impactados, como sempre, foram os moradores dos bairros mais distantes do centro, onde o abastecimento já é normalmente deficitário.
A administração municipal não informou os motivos que levaram à interrupção por um período muito maior que o programado. Foi mais uma vez especulada a hipótese de sabotagem no sistema, o que, até o momento, não foi confirmado.
Funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) trabalharam dia e noite, incansavelmente, para resolver o problema, mesmo prejudicados pelos escassos recursos de trabalho que lhes são oferecidos e pela precariedade de uma estrutura de tratamento e distribuição de água muito antiga e deficiente.
Apesar de já restabelecido o abastecimento, é possível que algumas localidades da cidade ainda estejam sem água, devido ao tempo que é necessário para encher a tubulação e também à comum entrada de ar, que impede o fluxo hidráulico. Em caixas d´águas que estão mais elevadas, em casas com mais de um pavimento, por exemplo, a água pode levar um tempo maior para chegar ao recipiente de armazenamento.
Sofrimento antigo
O drama da população de Sooretama com os recorrentes problemas no abastecimento e na qualidade da água é antigo e se agrava, ano após ano. Em 2016, durante uma das maiores secas da história da região, moradores em manifestação chegaram a quase invadir a casa do então prefeito Esmael Loureiro, exigindo uma solução. O atual prefeito Alessandro Broedel se elegeu prometendo resolver definitivamente o problema, mas, passados cinco anos de sua gestão, já no segundo mandato, nada foi feito neste sentido, a não ser iniciar o processo de privatização do Saae.
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