Vakinha na internet para ajudar no tratamento de jovem marilandense com doença rara

Com os pulmões comprometidos, a jovem luta para respirar e precisa de um medicamento que custa R$ 20 mil por mês.

Uma Vakinha online foi iniciada nesta segunda-feira (25) no Norte do Estado com o objetivo de arrecadar recursos para auxiliar no tratamento da jovem marilandense Letícia Carleti, de 19 anos, diagnosticada com Fibrose Cística, uma doença rara e sem cura, que afeta principalmente os pulmões.

Letícia é natural de Marilândia e hoje reside em Vila Velha para facilitar o acesso a hospitais. Ela possui apenas 22% de sua capacidade pulmonar, o que a impossibilita de fazer as coisas mais simples da vida e a submete a contínuas internações e necessidade do uso de oxigênio através de aparelhos para auxiliar na respiração.

Em 2019, surgiu nos Estados Unidos um medicamento chamado Trikafta, que trouxe esperança aos portadores da doença. A esperança, contudo, esbarra no altíssimo custo do remédio – cerca de U$ 30 mil dólares ou R$ 153 mil reais por mês. A família de Letícia ingressou com uma ação judicial pleiteando o direito ao uso do medicamento, com o pagamento por parte do Estado, mas, até o momento, não obteve sucesso.

No ano passado, uma versão genérica do medicamento, o Trixacar, foi lançada na Argentina a um custo bem menor – cerca de U$ 4 mil dólares (R$ 20 mil reais) por mês, possibilitando o acesso de muitos pacientes com Fibrose Cística, a exemplo de Letícia, que estão tendo as suas vidas salvas.

O objetivo da Vakinha, intitulada “Ajude Letícia a Respirar” é tentar garantir a compra do medicamento por pelo menos quatro meses.

“Como o remédio é de uso diário e contínuo, estamos buscando ajuda (qualquer valor) para adquirirmos os primeiros quatro meses de medicamento, que custarão cerca de R$ 80 mil. Dessa forma, ajudamos a Letícia nessa fase de piora do quadro de saúde dela e ganhamos tempo nessa corrida pela vida, até obtivermos respostas do processo judicial ou conseguirmos outros meios de arcar com o tratamento completo”, explicou um dos organizadores da ação.