Sooretama diz que não pode arcar com distribuição de Kit Merenda para famílias de alunos

Com a pandemia do novo coronavírus e a suspensão das aulas presenciais em todo o Espírito Santo há mais de um ano, o Governo do Estado e prefeituras de cidades como Linhares, por exemplo, passaram a realizar, desde o ano passado, a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos alunos matriculados em escolas das redes estadual e municipais de ensino.

A mesma ação, contudo, não é realizada pela Prefeitura de Sooretama, o que tem gerado muitas reclamações e questionamentos por parte da população local. Nas últimas semanas, as cobranças se intensificaram por meio das redes sociais, devido à necessidade por que passam inúmeras famílias em situação de extrema pobreza no município. A distribuição dos chamados ‘Kits Merenda’, em forma de cestas básicas, ajuda a reduzir os impactos sociais e econômicos causados pelas medidas de isolamento social adotadas para combater a disseminação da Covid-19.

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Em resposta à reportagem do NC Online, a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Sooretama justificou que “tanto Linhares quanto o Estado possuem receita consideravelmente maior em relação ao município e conseguem arcar com os custos do ‘Kit Merenda’ sem contar apenas com o repasse dos recursos federais destinados à aquisição da merenda escolar”.

A Prefeitura explica que recebe do Ministério da Educação (MEC) para custear a alimentação escolar apenas R$ 0,36 (Trinta e seis centavos) por aluno em sala de aula/dia letivo, o que totaliza em média R$ 8,00 (Oito reais) ao mês por estudante. Considerando que Sooretama tem aproximadamente 5 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino, segundo números informados pela própria Prefeitura, os repasses ao município giram em torno de somente R$ 40 mil mensais, valor insuficiente para arcar com os custos da distribuição dos kits merenda.

Ainda de acordo com a Administração Municipal, esses recursos federais, de destinação exclusiva para a aquisição alimentos da merenda escolar, estão nos cofres públicos do município para utilização quando as aulas presenciais forem retomadas.