Com a reconstrução de seu pavimento concluída recentemente, a rodovia ES 245, que liga as cidades de Rio Bananal e Linhares, é mais uma vez alvo de polêmica principalmente entre os ribanenses. Desta vez, pela quantidade considerada excessiva de quebra-molas prevista para ser instalada ao longo do trecho de aproximadamente 42 quilômetros.
Após inúmeras reclamações de usuários da via, as principais autoridades e lideranças políticas de Rio Bananal se reuniram na terça-feira, 6 de fevereiro, com representantes do Departamento Estadual de Rodovias e Edificações do Espírito Santo (DER/ES) e da construtora A Madeira para debater o tema. O encontro aconteceu na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município.
Estiveram presentes, o prefeito Edimilson Eliziário, o vice-prefeito Eristeu Giuberti, o presidente da Câmara Municipal Judaci Bolsoni e todos os vereadores, além do ex-prefeito Felismino Ardizzon e representantes de segmentos organizados da sociedade local.

Inicialmente, surgiu na cidade a informação de que seriam implantados 38 redutores de velocidade ao longo dos 42 quilômetros da rodovia, entre Rio Bananal e Linhares. Hilton Rubens Filho, Superintendente Regional do DER/ES, confirmou na reunião que a instalação dos quebra-molas está prevista no projeto de restauração da rodovia ES 245, mas afirmou que seriam apenas 17.
Contudo, somente num trecho de quatro quilômetros, entre a saída do posto Antares e a Cachoeira do Ataíde, foram implantados nada menos que 12 redutores, que o equivale a uma média de um quebra-molas a cada 330 metros. Após a enxurrada de reclamações, a construção de novos quebra-molas foi suspensa na sexta-feira, 2 de fevereiro.
Hilton Rubens Filho ressaltou a disposição do DER em ouvir a comunidade ribanense sobre o assunto. Como os redutores estão previstos em projeto, ele sugeriu que as autoridades façam um abaixo-assinado referendando que a população não quer a instalação dos quebra-molas. Ou, se for o caso, propõe a realização de um mapeamento para identificar as áreas onde realmente há necessidade de redutores de velocidade.

O Superintendente explicou que os quebra-molas que já existiam na pista original, inclusive com processo formal de solicitação junto ao DER/ES, serão mantidos. Já os novos previstos no projeto de restauração da rodovia, a partir de agora, passarão por estudo.
Hilton Filho reconheceu que existem quebra-molas instalados em locais inadequados e até perigosos para o fluxo de veículos, em trechos de ladeiras e curvas. “Está errado e vamos resolver (retirar). Se houve erro nosso, vamos corrigir”, garantiu.
Após a reunião na sede da CDL, parte das autoridades presentes se dirigiu junto com os representantes do DER em vistoria in loco às áreas dos quebra-molas, indicando a manutenção ou retirada de cada um deles.

Radares eletrônicos
Ao invés de quebra-molas, o vice-prefeito Eristeu Giuberti defendeu a instalação de redutores eletrônicos de velocidade ao longo da rodovia, com multa e penalidade para os condutores infratores. Ele lembrou que principalmente motociclistas não respeitam os redutores convencionais e ainda soltam e fazem malabarismo sobre os quebra-molas.
Eristeu também advertiu que o número exagerado de quebra-molas dificulta o trabalho de motoristas de ambulâncias, atrasando o socorro a pacientes em caso de emergência.
O vereador João Guarnieri considera a instalação de quebra-molas “sinônimo de falta de educação na cidade”.
“A única forma de educar no trânsito por a mão no bolso dos condutores infratores, com a aplicação de multas”, disse o jornalista e comerciante Antônio Câmara, também defendendo a instalação de redutores eletrônicos de velocidade.
Uma representante da comunidade escolar da Escola Família Agrícola, localizada às margens da rodovia, cobrou uma solução urgente para o trecho próximo à entrada da unidade, onde o índice de acidentes é grande, bem como o fluxo de alunos e veículos de transporte escolar.
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