Às vésperas do início do processo eleitoral de 2024, o grupo político liderado pelo ex-prefeito Rogério Feitani, o Rogerinho, com o intuito de retornar ao poder no município de Jaguaré, no Norte do Estado, recorre novamente à tática de divulgar pesquisas tendenciosas na tentativa de iludir e induzir o eleitorado local.
A estratégia é a mesma usada nas eleições de 2020, sem sucesso. Na ocasião, a poucos dias do pleito municipal, uma pesquisa com indícios de fraude foi divulgada na cidade, com resultados que favoreciam o então candidato Luciano Laquini, apoiado por Rogerinho.
A empresa contratada para produzir a pesquisa, a Flex Consultoria & Pesquisas, constituída em nome de Adeilson de Lima Francisco apenas 15 dias antes do suposto levantamento estatístico, apresentou números que indicavam empate técnico na disputa pela Prefeitura jaguareense. O resultado das urnas, no entanto, desmentiu a pesquisa, com esmagadora vitória do atual prefeito Marcos Guerra, que obteve 69% dos votos válidos contra apenas 26% de Luciano Laquini.
A Flex Consultoria acabou punida pela juíza da 41ª Zona Eleitoral de Jaguaré, inclusive com a aplicação de multa superior a R$ 50 mil, pela divulgação de pesquisa fraudulenta, semelhante à de Jaguaré, no vizinho município de Sooretama.
Os números da eleição em Sooretama foram parecidos com os de Jaguaré. O atual prefeito Alessandro Broedel se reelegeu com mais de 70% dos votos válidos, mas a pesquisa divulgada pela Flex Consultoria, uma semana antes da eleição, também mostrava empate técnico entre Broedel e o ex-prefeito Esmael Loureiro, com ligeira vantagem para Loureiro.
Com a proximidade das eleições municipais deste ano, a Flex Consultoria & Pesquisas volta a atacar em Jaguaré, novamente favorecendo o grupo de Rogerinho. Uma suposta pesquisa de responsabilidade da empresa foi publicada em um jornal da região nesta quarta-feira (21), segundo a qual o próprio Rogerinho apareceria liderando a disputa pela Prefeitura do município.
Prefeito de Jaguaré por três mandatos, Rogério Feitani, o Rogerinho, acumula processos na justiça, mas tem feito movimentos na tentativa de voltar ao poder no município. Em 2017, Rogerinho chegou a ser afastado do cargo, acusado de fraudes em licitações e em processo seletivo para a contratação de servidores.
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