A população de cidades do Norte do Estado que se beneficiam de medicamentos ofertados pelas Farmácia Básicas dos Municípios começam a perceber a falta de alguns remédios.
A Secretaria de Saúde de Jaguaré, uma das cidades afetadas, alerta para o problema de desabastecimento que ocorre em todo o Brasil. A falta de alguns medicamentos no País afeta farmácias, hospitais e unidades de saúde dos municípios. Órgãos do setor apontam como causas para o desabastecimento a situação ainda instável no pós-pandemia, o conflito entre Rússia e Ucrânia e a ausência de matéria-prima para produção dos medicamentos.
A Diretoria do Cosem/ES – Colegiado de Secretarias Municipais do Espírito Santo emitiu nota no dia 07 de julho, em que destaca que todos países do mundo são dependentes da produção de Insumos Farmacêuticos Ativos – IFA, dos países asiáticos, em especial China e Índia. A nota afirma que a instabilidade na produção causada pelo aumento da demanda em função da pandemia, a logística aérea, o preço do dólar e das commodities, entre outros motivos, afeta a produção de medicamentos.
Jaguaré aguarda entrega de fornecedores
A secretária de Saúde de Jaguaré, Tânia Pariz, lembra que o município já começa a perceber a redução preocupante de medicamentos injetáveis para uso hospitalar, como dipirona, tramadol, dexametasona, ondansetrona, complexo B e noripurun. Também na Farmácia Básica há a redução de alguns itens e a falta de outros, principalmente xaropes e antibióticos. A Prefeitura já efetuou o processo de compra dos remédios e aguarda a entrega pelos fornecedores.
“Nós adquirimos os medicamentos, através de processo licitatório próprio ou através da adesão de atas de registro de preços do Estado. Não é por falta de recursos, nem de adequação administrativa. Mas, estamos passando pelos mesmos problemas que todos os municípios do País. Hoje estamos em falta de alguns medicamentos, já encaminhamos o procedimento de compra, mas, não existe previsão de entrega pelo fornecedor”, explica Tânia Pariz ressaltando que os médicos que atendem no município estão cientes do problema.
Estudo recente da CNM – Confederação Nacional dos Municípios mostrou que mais de 80% dos quase 2.550 municípios pesquisados estão com desabastecimento de medicamentos básicos.
A lista inclui remédios para doenças crônicas e outros: amoxicilina; dipirona; dipirona injetável; prednisolona; azitromicina e ambroxol. Outros medicamentos em falta em vários municípios do País são loratadina, gliclazida, folinato de cálcio, carvedilol, omeprazol, nitrofurantoína, varfarina e sais para reidratação oral, entre outros.
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