O município de Jaguaré recebeu, na manhã desta terça-feira (16), o evento que marca a abertura da colheita do café Conilon no Espírito Santo. Realizado em parceria pela Prefeitura local e o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o início simbólico da colheita aconteceu no bucólico sítio Soraya, do produtor Camilo Falchetto, em Córrego das Araras.
O prefeito Marcos Guerra e o vice-prefeito Elder Sossai recepcionaram no município o governador em exercício Ricardo Ferraço e o secretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli, além de várias outras autoridades, produtores da região, representantes de entidades e órgãos ligados ao segmento, técnicos e especialistas em café. Na ocasião, o Incaper promoveu uma palestra técnica sobre a qualidade na produção do café Conilon.
O produtor anfitrião, Camilo Falchetto e um dos filhos recepcionando o governador em exercício Ricardo Ferraço e o prefeito Marcos Guerra
Também participaram do evento prefeitos de cidades vizinhas e o deputado estadual Lucas Scaramussa, que preside a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. Outro a marcar presença foi Franco Fiorot, anunciado como novo presidente do Incaper e que deve ser nomeado no cargo nesta quarta-feira (17).
O governador em exercício e secretário de Estado do Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, falou sobre o papel do café na economia do Estado. “O café Conilon é uma realidade, levando tecnologia, inovação e desenvolvimento para o interior do nosso Estado. Sabemos dos cuidados com a lavoura, por isso nossos profissionais do Incaper estão no dia a dia, de sol a sol ao lado do produtor rural, transferindo informações e conhecimentos. Essas são ferramentas fundamentais para superação dos nossos desafios”, pontuou.
Autoridades realizaram a colheita simbólica, marcando oficialmente o início da safra do Conilon no Espírito Santo
Ferraço destacou que, além de maior produtor no País, o Espírito Santo também está se transformando no maior polo de processamento e industrialização do café Conilon. “Não queremos apenas ficar exportando o café verde, mas queremos também industrializá-lo para gerar maior valor agregado para o Estado. Não é sem razão que as indústrias de café estão se instalando na região em função da nossa condição logística e pela posição geográfica. Estamos atentos para que os elos da cadeia do café Conilon possam se fechar. O governador Renato Casagrande me delegou a tarefa de cuidar do desenvolvimento e não há como fazê-lo sem olhar para a agricultura, que é uma força econômica e fonte de estabilidade social”, disse.
O prefeito Marcos Guerra ressaltou a importância do café para o município e o sentimento de gratidão pelo evento e pelo momento vivido por Jaguaré. “São as boas parcerias, da Administração Municipal com a Câmara de Vereadores, o Governo do Estado e a população, que fazem nosso município crescer”, resumiu.
Ao lado da primeira dama Vera de Backer e de outras autoridades jaguareenses, o prefeito Marcos Guerra agradeceu “as boas parcerias que fazem o município crescer”O governador em exercício Ricardo Ferraço recebeu uma homenagem do prefeito Marcos Guerra em nome de todos os produtores jaguareenses
Produção
Para 2023, a produção de Conilon no Estado está estimada em 11.460 milhões de sacas – uma redução de 7,3% em relação à safra anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em 2022, a safra foi considerada uma das maiores de todos os tempos, portanto, já era esperada uma pequena redução para este ano.
Mesmo com a previsão de redução, a safra capixaba para 2023 ainda será uma das maiores já registradas.
“O Espírito Santo é uma referência nacional e mundial na produção de café, sendo responsável por três de cada quatro sacas de Conilon produzidas no País. Somos o único Estado do Brasil que produz, em quantidade e com qualidade, as duas espécies de café que são consumidas no mundo. E este momento de início de colheita é muito importante para o Estado, já que a cafeicultura capixaba gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos, e está presente em mais de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do Estado”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
No ano passado, a área do Conilon no Espírito Santo foi de 259,174 hectares, o que rendeu uma média de 47,7 sacas por hectare. Para este ano, a previsão é de 261.921 hectares e 43,8 sacas por hectare.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio da Gerência de Dados e Análises aponta que, nesta safra, há uma expectativa de redução de aproximadamente 13% na produção total, causada por fortes ventos em duas ocasiões, uma delas antes da florada. As baixas temperaturas no período das floradas e um pequeno período de seca e alta temperatura entre janeiro e fevereiro possivelmente ocasionaram esse decréscimo na produção.
Cafés especiais e outros produtos artesanais produzidos em Jaguaré foram expostos no evento que marcou o início da colheita do Conilon no Estado
Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura
Para nortear as atividades da cafeicultura capixaba e aumentar a produção com sustentabilidade, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, vai lançar na próxima semana o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura. O plano conta com a participação de representantes dos diversos elos que compõem a cadeia produtiva do café no Estado.
O programa é estruturado nos eixos de governança, sustentabilidade, tecnologia, social e agregação de valor, visando inserir o Espírito Santo como uma das principais origens de cafés no mundo, sendo reconhecido como referência em produtividade e bem-estar das famílias produtoras.
Além das novas estratégias que estão sendo traçadas por meio do programa, o Estado já dispõe do maior portfólio tecnológico de Conilon no mundo, com um estoque de tecnologias disponíveis e recomendadas pelos órgãos técnicos para o alcance destas metas.
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